LILIAN MONTEIRO
LILIAN MONTEIRO
08/07/2013
11:46
Os sinais da respiração
Alterações no movimento involuntário indicam a existência de problemastransitórios, como a reação a uma situação de perigo, e mais complexos, porexemplo, crises de ansiedade e de asma. O melhor é procurar um especialista noscasos de variações constantes

Belo Horizonte — Ninguém aprende a respirar e muito menoscontrola a respiração. Dá para perceber variações em situações de medo,ansiedade, quando se leva um susto, se prende o ar ou em plena atividadefísica. Mas são cenas passageiras. Se a mudança for constante, a alteraçãomerece alerta. Certamente, denuncia alterações no organismo, sejamfisiológicas, sejam mentais. “Se a pessoa fica mais cansada, tem a sensação denão respirar direito e não sabe o motivo, ela precisa procurar um médico”,avisa o pneumologista Maurício Meireles Góes.

Presidente da Sociedade Mineira de Pneumologia e CirurgiaTorácica, Góes diz que a obstrução nasal, o desvio do septo nasal (estruturaque divide o nariz em duas narinas) e doenças respiratórias — como asma,bronquite crônica e enfisema pulmonar — estão entre as principais alteraçõescausadores do problema. O especialistas ressalta que respirar pela boca éerrado, a não ser diante de uma demanda respiratória maior, no caso de umexercício físico, por exemplo. “Em qualquer atividade física, não se preocupecom a respiração, o comando é do organismo. Existe um mecanismo de controlepelo sangue, coração e cérebro da forma de respirar de cada um.”

São diversificadas e controladas as formas de respirar, queenvolvem músculos e vias distintas. Pode ser pela boca; pelo nariz; há arespiração diafragmática, que usa os músculos do diafragma; e a torácica, quedemanda atividade da musculatura intercostal (entre as costelas). Segundo opneumologista, não há reeducação respiratória, mas técnicas para facilitar arespiração. Por isso, a indicação de um tratamento de reabilitação.

“O indicado é inspirar pelo nariz e soltar o ar com a boasemicerrada, criando um grau de resistência à saída. No caso de enfisema ou debronquite, quando se prolonga a expiração, a sensação de cansaço diminui. Outraforma é o relaxamento. No meio do dia, ao expirar e inspirar profundamente,renova-se o ar do pulmão e a sensação é de bem-estar”, detalha Góes,enfatizando que “a respiração não trata nenhum tipo de doença”.

O médico reconhece, porém, que a respiração funciona como umaválvula de escape para a ansiedade. Isso porque estados depressivos e deangústia levam a uma dificuldade na respiração. Assim como a claustrofobia. Masavisa: “São problemas psicológicos. Antes de mais nada, são mais sintomas deansiedade do que, necessariamente, sinais de doença como asma, tosse ou gripe”.Maurício Góes acrescenta que inúmeras vezes já ouviu no consultório queixas efrases como “Tenho a sensação de que o ar não enche meu pulmão”. Odiagnóstico?: “Não passa de um sintoma emocional”, segundo o médico. “Todosprecisam prestar atenção na respiração. Se tem alguma dúvida, há exames paradetectar se a pessoa respira direito.”

Há dois aparelhos utilizados pelos especialistas. O oxímetromede a oxigenação do sangue e informa se a respiração está boa ou não. E oespirômetro mede se o movimento está adequado para o funcionamento do resto docorpo. “O resultado de normalidade depende da altura, do peso, da idade e dosexo do paciente.” Quanto ao tempo que o ser humano consegue ficar semrespirar, sempre uma curiosidade, o pneumologista explica que também variaconforme as características individuais e os treinamentos (caso da apneia).

Todos precisam prestar atenção na respiração. Se tem algumadúvida, há exames para detectar se a pessoa respira direito” - MaurícioMeireles Góes, pneumologista

Crise repentina
O gerente comercial Geraldo Freesz Salomão nunca tinha tido problema derespiração até ter a primeira crise, aos 43 anos, de forma violenta erepentina. “Comecei a sentir falta de ar e achei que teria um infarto. Tentavapuxar o ar e não vinha nada. Nunca tinha passado por isso. De carro,desesperado, consegui chegar ao hospital, quase desmaiando, e ao usar o nebulizadoro alívio foi imediato. O diagnóstico foi asma.” Desde então, Geraldo éacompanhado por um pneumologista. “Meu quadro era crítico porque tinha apenas45% da capacidade pulmonar. Nunca fumei. Tenho refluxo, que pode causarinflamação nos brônquios e afetar a asma, assim como sinusite, tambémproveniente do refluxo. Mas hoje tudo está controlado com medicamento. Arespiração está melhorando, oscila entre 45%, 50% e 60%, e o tratamento é delongo prazo ou para o resto da vida”, diz.
 


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