11h18

Hoje (02.05) é o Dia Mundial da Asma

A asma é um grave problema de saúde pública, com sérias implicações econômicas e sociais.

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O número de asmáticos tem crescido em alguns países do mundo, especialmente entre as crianças, preocupando os governantes, pneumologistas e interessados no tema. No Brasil são 20 milhões de portadores da doença, com aproximadamente três mil mortes que acometem jovens saudáveis. Essas mortes são, na sua esmagadora maioria, evitáveis. Devemos ressaltar que é uma doença subdiagnosticada, especialmente nos idosos, que atribuem o cansaço e o chiado no peito à idade e o fato de terem fumado quando jovens. A consequência é que a vida e qualidade da existência destes pacientes são muito prejudicadas.

A asma é uma doença muito heterogênea em vários aspectos, na inflamação crônica, história e exame clínico, sintomatologia, e resposta terapêutica, exigindo um tratamento personalizado, e acompanhamentos periódicos.  O quadro clínico habitual é falta de ar, tosse, chiado e aperto no peito, com características recorrentes. Os principais fatores desencadeantes de uma crise são:  mudanças climáticas, gripes e resfriados, cheiro forte, fumaça de cigarro, mofo, pelos de animais domésticos, estresse, entre outros.  A prevenção seria evitar fumar na gravidez e pós parto, amamentação (se possível durante seis meses), evitar uso e abuso de antibióticos e antiinflamatórios. Também é necessário fazer atividades físicas regulares, dieta saudável com muitas frutas e verduras, vacinação contra gripe e cultivar o hábito da lavar as mãos, principalmente no inverno.

Cabe ao médico educar e orientar os pacientes e seus familiares em cada consulta sobre sua enfermidade, ter um plano por escrito como proceder no caso de uma ameaça de crise, orientar sempre no uso correto dos dispositivos inalatórios, imprescindíveis no tratamento (o de prevenção e o de alívio), embora existam também medicações, que funcionam com ambas funções (prevenção e alívio) e podem ser usadas na maioria dos casos. Os pacientes de rotina devem ser acompanhados a cada 90 dias, ou antes, se necessário, para ajustar condutas terapêuticas.

É importante destacar que a Espirometria (exame de avaliação da função pulmonar), que ajuda na confirmação diagnóstica, nível de gravidade e orientação terapêutica deve ser periodicamente repetida. Também é fundamental esclarecer sobre a importância dos esteróides no tratamento de prevenção e exacerbação. Eles são insubstituíveis e salvadores quando usados por um médico, nunca por automedicação. Segundo a ANVISA, 20 mil mortes anuais são devidas a complicações de automedicações. O Brasil tem a maior incidência do mundo.

PREVENÇÃO É SEMPRE O MELHOR TRATAMENTO, MAIS BARATO E EFETIVO.

Dr. Guilhardo Fontes Ribeiro – diretor da ABM e pneumologista


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