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Lei assinada por Dilma Rousseff coloca em risco vida de pacientes com câncer

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A atitude imprudente da presidente da República em sancionar lei que libera uso e comercialização da fosfoetanolamina, conhecida como “pílula do câncer”, coloca em risco a saúde dos pacientes com câncer e ignora por completo métodos científicos e seguros para aprovação de medicamentos, além de desvalorizar a ANVISA, órgão do próprio governo. A substância não é reconhecida como medicamento e não há nenhum estudo sério e conclusivo sobre indicação, dose recomendada, efetividade e quais riscos para pacientes que a utilizam.

 “Medicamento deve ser substância que melhore a saúde dos pacientes, trazendo benefícios que superem efeitos colaterais”, afirma Florentino Cardoso, presidente da AMB (Associação Médica Brasileira). “A presidente da República ignorou complemente todas as orientações e alertas científicos da AMB, Anvisa, CFM, sociedades médicas, e o rigor científico que a questão requer. Não há justificativa racional para assinatura dessa lei pela presidente. Está expondo pacientes a risco desconhecido e aproveitando-se do desespero de alguns para, de maneira demagógica, apresentar falsa solução à desassistência reinante no setor saúde, que só piora ao longo dos anos. Pacientes com câncer estão morrendo por falta de diagnóstico e tratamento, por completa falência do SUS", conclui Florentino.

 A AMB, suas federadas e sociedades de especialidade alertam que a disponibilização de substâncias através da promulgação de lei, sem sustentação em arcabouço científico, concebido nas diversas fases da pesquisa clínica, coloca em risco a saúde dos pacientes com câncer.

 Não obstante o enorme corte orçamentário da Saúde, à suspensão do pagamento de bolsas de estudos para pesquisadores brasileiros e aos diversos atrasos de repasses a estados e municípios, agora o governo federal autoriza uso e comercialização de substância sem o devido rigor científico. Assim, tendo como principal preocupação a segurança do paciente, a AMB, suas federadas e sociedades de especialidade orientam aos médicos que não prescrevam o uso da fosfoetanolamina até a devida comprovação científica. Saúde é nosso bem maior e o povo brasileiro merece respeito.

 

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