O Congresso “Transplante de Órgãos e Tecidos da ABM” foi aberto oficialmente na noite desta quinta-feira (25.09), com a palestra do diretor do Serviço de Transplante Renal da Santa Casa de Porto Alegre, Valter Duro Garcia, que destacou, entre outros desafios da área no País, a redução da rejeição familiar à doação de órgãos para 25%. Na Bahia, atualmente, esse índice alcança 70%, um dos piores do País.
Valter Duro Garcia citou ainda outro objetivo do País que é o de diminuir as desigualdades regionais, no que se refere à doação de órgãos e realização de transplantes, já que os índices variam bastante de acordo com estados e regiões. “Se eu tenho essa grande desigualdade no País, eu não tenho justiça. Se tenho recurso, posso fazer o transplante em outro estado. Se não tenho, o que me resta? A morte? “, argumentou. Outra perspectiva, segundo ele, é zerar a fila de córneas no País em 2015.
O palestrante sugeriu ainda a criação do Registro Nacional de Doadores e afirmou que o fundo de R$1,5 milhão para transplantes no Brasil ainda é insuficiente. Na exposição, ele fez um detalhado histórico dos transplantes no Brasil e no mundo.
Quem abriu o evento foi o Presidente da ABM, Dr. Antonio Carlos Vieira Lopes, que ressaltou o papel social da entidade, justificando a escolha do tema para o Congresso. “Por entendermos que a questão dos transplantes no Brasil tem deficiências: no que se refere a quantidade de doadores, na captação dos órgãos e qualificação de hospitais. Queremos contribuir com a sociedade, o Governo do Estado e os profissionais de saúde”.
O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, Dr. Eraldo Moura, disse que o Estado se sente muito orgulhoso em ter essa parceria com a ABM. “O Estado tem uma outra visão do transplante. O índice de negativa familiar reflete a falta de preparo dos profissionais da saúde, não apenas a falta de informações da população”.
O Presidente do Cremeb, Dr. Abelardo Garcia de Meneses, lembrou o período em que o governo federal definiu a doação de órgãos não voluntária e destacou a falta de credibilidade da população em relação aos transplantes. O vice-presidente do Sindimed, Luiz Américo, destacou a questão dos recursos humanos nas UTIs públicas. “A cada ano que passa os plantonistas estão com formação cada vez mais deficitária para lidar com casos complexos. E existe grande rotatividade por conta dos vínculos trabalhistas precarizados”.
Compuseram a Mesa os Presidentes da ABM e do Cremeb, o vice-presidente do Sindimed, O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes , os coordenadores do evento, Dr. Jorge Pereira e César Araujo, a representante da Secretária Municipal de Saúde, Ana Dortas, e o representante do Crefito-7, Conselheiro Thelso Silva.
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