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Médicos e Bradesco Saúde não entram em acordo

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O fim das negociações entre os médicos baianos e o Bradesco Saúde foi adiado mais uma vez. Ao contrário do que se era esperado,  a audiência realizada hoje (19) na Justiça do Trabalho não foi suficiente para que o plano apresentasse uma proposta real de reajuste dos honorários, reivindicado pelos profissionais. 

Desta vez, além da juíza Lita Braid, a mediação foi feita pelo promotor de Justiça do Ministério Público do Trabalho, Pedro Lino, que se apresentou espontâneamente para coloborar com as negociações. Para isso, o promotor sugeriu que seja feita uma mesa de conciliação, agora, no MPT. A sugestão foi aceita pelo Sindimed, porém os advogados do Bradesco Saúde alegaram que, antes, é necessário que a empresa seja consultada.

Desta forma, a juiza deu um prazo de dez dias para que o plano responda se aceita participar da conciliação no MPT, e analise documentos apresentados pelo jurídico do sindicato. Caso o Bradesco Saúde não aceite fazer a conciliação, ficou definido que a juíza apresentará uma decisão definitiva em nova audiência marcada para dia 5 de novembro.

Durante a audiência, a diretora do Sindimed e presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos, Débora Angeli, informou aos mediadores que o plano apresentou uma proposta de reajuste de 40% em cima dos procedimentos, exclusivamente à sociedade baiana de Cardiologia, e ressaltou que, diferente disto, a categoria médica exige que a proposta de reajuste seja feita para todas as especialidades, ou seja, que tenha isonomia. A médica ainda pontuou que os profissionais desejam o fim da paralisação, mas que o plano não tem colaborado. "Nós como médicos estamos mobilizados com a situação dos nossos pacientes, mas o movimento tem sido longo por conta da intransigência do Bradesco Saúde", afirma.

O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, destacou que embora esteja sendo restrita à Bahia, a negociação tem importância nacional: "  Esta audiência é histórica. O Brasil todo está esperando um resultado positivo, por isso, não se pode mais protelar o acordo", pontuou Magalhães.

Estiveram presentes na audiência representando as entidades médicas o presidente e o secretário de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Ferreira e Márcio Bichara, respectivamente, o presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremeb), Abelardo Menezes, o diretor da ABM, Cesar Amorim.

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