15h29

Ministério da Saúde inicia segunda etapa da vacinação contra HPV

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A segunda dose da vacina conta o HPV, que protege contra a infecção pelo vírus e previne o câncer do colo de útero, começa a ser aplicada em meninas de 11 a 13 anos, a partir de 1º de setembro em todo o País. A aplicação da segunda dose, seis meses após a primeira, é fundamental para garantir a imunização. A terceira dose será aplicada em até cinco anos após o início do esquema vacinal. 

 

O Ministério da Saúde passou a ofertar a vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) em março. Em apenas seis meses, 4,3 milhões de meninas entre 11 e 13 anos foram vacinadas, atingindo 87,3% do público-alvo - uma das maiores coberturas para essa vacina em todo o mundo. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% das 4,9 milhões de meninas dessa faixa etária.

 

De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, todos os estados conseguiram atingir a meta de cobertura na primeira dose da vacina. “Estamos lidando com efeito de saúde pública de grande magnitude. As estimativas para este ano é de que ocorram 15 mil novos casos de câncer do colo do útero.  No entanto, a combinação do sucesso na expansão da imunização contra o HPV, juntamente com a ampliação da estratégia do exame Papanicolaou [preventivo ginecológico] nas Unidades Básicas de Saúde, conseguiremos reduzir significativamente esse tipo de câncer nos próximos anos", afirmou o ministro.
 
A vacinação nas escolas foi o diferencial para o alcance da meta nacional. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda aos municípios repetir a estratégia para a aplicação da segunda dose. Para quem preferir ir ao serviço de saúde, a vacina está disponível, durante todo o ano, nas mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo Brasil.
 
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, alertou para o fato de que “sem a segunda dose, não há proteção, e que as meninas que ainda não tomaram a primeira dose, podem procurar os postos de vacinação, pois não se trata de uma campanha, e sim, de uma nova vacina que passou a incorporar o calendário de imunização do sistema público de saúde".
 
Para receber a segunda dose da vacina contra o HPV, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação na unidade de saúde. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo a segunda, seis meses após a primeira, e a terceira, cinco anos depois. Neste ano, serão vacinadas as adolescentes de 11 a 13 anos. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as meninas de 9 a 11 anos.
 
O SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero em todo o mundo e os subtipos 6 e 11, por 90% das verrugas anogenitais.
 
Além de adquirir as doses para a vacinação, o Ministério da Saúde firmou uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan e o laboratório Merck para a produção da nacional da vacina. O MS pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.
 
Campanha – Campanha publicitária vai orientar os responsáveis sobre a importância da vacina contra o HPV e a ficarem atentos ao período de vacinação nas escolas das filhas ou procurar uma unidade de saúde. Com o tema “Cada menina é de um jeito, mas todas precisam de proteção", as peças serão veiculadas por meio de cartazes, spot de rádio, filme para TV, anúncio em revistas, outdoors e campanhas na internet.
 
Nas redes sociais, a campanha ganhará reforço de jovens famosas, como a atriz Klara Castanho (a Paulinha da novela Amor à Vida), de 13 anos, e a atriz, apresentadora e cantora Maisa Silva, de 12 anos. Para aproveitar o sucesso conquistado junto ao público-alvo da campanha, além da grande popularidade nas redes sociais, as atrizes irão gravar voluntariamente vídeos e postar mensagens, convidando as meninas de todo o país para tomar a segunda dose da vacina. As atrizes Giulia Garcia (Ana das Chiquititas), de 11 anos, e Julia Gomes (Mirian das Chiquititas), de 12 anos, também integram o time de voluntárias. 

SEGURANÇA - A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, ela é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização. Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. Sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
 
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da OMS indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.  Em relação ao câncer de colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o INCA estima o surgimento de 15 mil novos casos.


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