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Avanços no tratamento da hipertensão são discutidos em congresso internacional

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Avanços no tratamento da hipertensão são discutidos em congresso internacional na capital baiana O evento científico reunirá em Salvador os maiores nomes da Cardiologia Mundial e trará os avanços no controle e tratamento da hipertensão arterial.

HIPERTENSÃO: DOENÇA SILENCIOSA QUE TRAZ INÚMEROS DANOS À SAÚDE QUE PODEM LEVAR À MORTE. CERCA DE 50% DOS HIPERTENSOS NÃO SABEM QUE TEM A DOENÇA, DOS QUE TEM CONHECIMENTO APENAS 25% ADEREM AO TRATAMENTO.

A doença costuma ser assintomática e, por isso, traz dificuldades para o diagnóstico. Os sintomas aparecem somente nas etapas avançadas e decorrem das suas complicações ou da elevação súbita da pressão arterial, nas chamadas CRISES HIPERTENSIVAS, que podem deixar sequelas graves ou mesmo levar à morte do paciente. Com o surgimento da hipertensão ocorre uma aceleração do envelhecimento dos vasos e sobrecarga ao trabalho do coração, assim reduzindo em muito a sobrevida do indivíduo.

ALERTA Atualmente, a hipertensão atinge em média de 30% da população brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil, é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vascular cerebral (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. No mundo, de acordo com a OMS, cerca de 9,4 milhões de pessoas morrem a cada ano e 1,5 bilhão, adoecem por causa da pressão alta. As graves consequências da doença podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham-se em tratamento. Quase 75% dessas pessoas recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento na Atenção Básica.

DADOS NA BAHIA Estima-se que 35% da população baiana com idade acima de 40 anos sejam de pessoas portadoras de hipertensão arterial, correspondendo a cerca de 1,3 milhão de hipertensos, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado (SESAB). Se considerada a população dos 55 aos 64 anos, 51,6% têm a pressão arterial elevada, e com 65 anos ou mais, o percentual chega a 60,6%. No ano passado até o mês de outubro, foram registradas 6.274 mortes por doenças do aparelho circulatório. Dentre estes registros, 649 foram por hipertensão. O levantamento do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) do Ministério da Saúde de 2013 revelou que dos 964.045 casos de hipertensos no estado da Bahia registrado pelo orgão, 430 representam crianças de 0 a 14 anos.

PREVENÇÃO A prevenção das Doenças Cardiovasculares em números: - Quase metade dos que morrem devido a doenças cardiovasculares estão no período mais produtivo da vida – entre 15 e 69 anos de idade. - Pelo menos 80% das mortes prematuras podem ser evitadas por meio de dieta saudável, atividade física regular, restrição ao tabaco e ao álcool e pelo controle efetivo da pressão arterial. - A pressão alta é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares. Cerca de 80% das pessoas que sofrem derrame são hipertensas. 40 e 60% dos pacientes com infarto apresentam hipertensão associada.

Veja como o controle de alguns fatores de risco diminui as chances de ocorrência das Doenças Cardiovasculares: 1) Controlando o colesterol: Menos 20% de risco de derrame Menos 25% de risco de morte Menos 33% de risco de infarto 2) Controlando a pressão arterial: Menos 15% de risco de infarto Menos 42% de risco de derrame 3) Parando de fumar: Menos 50% de risco de infarto Menos 70% de risco de morte 4) Perdendo peso e praticando exercícios físicos: Menos 25% de risco de diabetes

O CONGRESSO
De 13 a 16 de agosto, acontecem o XXII Congresso Brasileiro de Hipertensão e o XX Congresso da Sociedade Interamericana de Hipertensão (ISH) em Salvador, reunindo os mais renomados especialistas do mundo para discussão sobre a doença. Durante o evento, serão discutidas as mudanças na diretriz americana principalmente, e as diferenças com as diretrizes anteriores, e como e se elas podem ser aplicadas à realidade da população hipertensa no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, houve importantes alterações no que diz respeito as metas e tratamento da doença, como uma maior tolerância nos níveis de controle da pressão para idosos e idosos diabéticos. “A diretriz mostrou um posicionamento mais conservador com os hipertensos, onde cada caso é avaliado individualmente e a meta aceitável é um nível de pressão abaixo de 140/90 mmHg”, explica Dra. Frida Plavnik, diretora científica da SBH. Segundo ela, está é mudança importante que precisa ser amplamente discutida, já que atualmente cerca de 50% dos idosos no Brasil são hipertensos. Além disso, o limite para inicio do tratamento farmacológico foi reavaliado. Nas edições anteriores qualquer indivíduo com pressão arterial acima de 140/90 mmHg deveria iniciar um tratamento medicamentoso, com a nova diretriz o limite para pessoas acima de 60 anos subiu para 150/90 mmHg. Esse posicionamento deve-se a constatações de que para essa faixa etária começar a tratar a pressão alta em um nível mais baixo não traz benefício adicional, além de o paciente poder sofrer com perda de qualidade de vida, e maior número de efeitos colaterais.

XXII CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO E XX SESSÃO CIENTÍFICA DA SOCIEDADE INTERAMERICANA DE HIPERTENSÃO 13 A 16 DE AGOSTO CENTRO DE CONVENÇÕES DO PESTANA BAHIA HOTEL, RIO VERMELHO
 


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