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Congresso da ABM é aberto com novidades sobre erro médico

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Congresso da ABM é aberto com novidades sobre erro médico

O Presidente Antonio Carlos Vieira Lopes, abriu, na manhã de quinta-feira (29.08), no Centro de Convenções, o XII Congresso da ABM, realizado em parceria com a Sesab. Ele agradeceu a Secretaria e o Governo do Estado pela parceria na realização do evento e pontuou a postura das entidades médicas em relação aos gestores do SUS e governo. “Estamos em um momento em que as entidades médicas e governo têm tido algumas discussões, afinal temos o direito de concordar ou discordar em prol de uma saúde pública brasileira de melhor qualidade. Vale destacar que o Secretário (de Saúde, Jorge Solla) nunca se ausentou do debate e esteve sempre presente. Os médicos estrangeiros não devem ter nenhum tipo de retaliação, são colegas nossos que devem ser respeitados. Este espaço não é fórum adequado a esse tipo de manifestação”, alertou.

Em seguida o presidente convidou os diretores da ABM, César Araujo e Jorge Pereira, o diretor do Iness, Izio Kowes, o médico Marcelo Britto, o conselheiro do Cremeb, Otávio Marambaia, o Secretário de Saúde, Jorge Solla, e o juiz Pablo Stolze, para comporem a mesa.

O Secretário Jorge Solla, que falou em seguida, ressaltou que as divergências entre gestores do SUS e entidades médicas fazem parte do processo democrático. “Paz de cemitério é o pior tipo de paz que existe. São pontos de vista diferentes. Me coloco à disposição para debates de qualquer natureza”, completou.

O conselheiro do Cremeb, Otavio Marambaia, que representou o presidente da Entidade, José Abelardo de Meneses, convidou o juiz Pablo Stolze para a conferência de abertura, mas antes desabafou, pontuando que os médicos não são a causa nem a solução dos problemas da saúde no Brasil.

O juiz Pablo Stolze protagonizou uma exposição que envolveu a plateia. Abordou erros médicos e a vulnerabilidade do médico em sua profissão, principalmente com o que chama de “assistencialismo judicial”. Destacou dados do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que mostram aumento de 200% das demandas envolvendo este tipo de erro. “E os médicos nas emergências são ainda mais vulneráveis”, acrescentou. Ele explicou ainda que a responsabilização do médico é dificultada pois é preciso provar a imperícia do profissional. “Mas muitos têm processado clínicas e hospitais ou mesmo planos de saúde”. Stolze defendeu ainda que a relação médico x paciente é a melhor defesa para a classe e destacou a importância do Termo de Consentimento Informado. “Ele é fundamental para proteger o médico nos casos de pacientes que alegam que ‘não sabiam’ como ficaria o resultado. É um direito do médico”.

Mesas redondas – A programação incluiu ainda a mesa redonda “Abordagem de hospedeiros específicos no Pronto Socorro”, cuja moderadora foi a médica Ana Célia Barbosa Romeu. O geriatra Rômulo Meira destacou o imperativo epidemiológico e o preconceito, e o prejuízo relacionado ao envelhecimento e à velhice. Falou da ocupação de leitos e atendimento em emergências nos países desenvolvidos, além do mau atendimento ao idoso na emergência.

“Normalmente não se respeita a fisiologia do idoso”, ressaltou. Ainda durante a mesa redonda, o médico Edson marques explicou sobre condições da gestante, e a Dra. Nanci Silva falou sobre imunocomprometimento, destacando a importância de um bom médico e um excelente hospital no atendimento. Ao final, o espaço foi aberto a debate e perguntas.
 


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