O médico-socorrista e cirurgião geral, Luciano Eifler, encerrou o XII Congresso da ABM, com a conferência “Atendimento às Vítimas de Catástrofes: a Experiência de Santa Maria (RS)”, presidida pelo médico Osvaldo Bastos Neto. Eifler falou sobre a desagradável experiência que teve em Santa Maria. “É uma experiência que ninguém quer ter, mas aprendemos muito com ela”, pontuou.
Ele destacou, entre outros pontos, a experiência no transporte aeromédico, que facilitou o salvamento de vítimas. “Foi o episódio de maior transporte aeromédico que se teve até hoje. Santa Maria tem uma das maiores bases aéreas brasileiras, o que contribuiu para que helicópteros e aviões de grande porte pudessem levar as vítimas, todas elas em estado grave, para grandes hospitais públicos e privados de Porto Alegre. Usamos ventilação mecânica e todas foram entubadas até Porto Alegre”, lembrou.
Ainda segundo o médico, uma força-tarefa que reuniu as secretarias de saúde dos municípios envolvidos, do Estado, e as equipes do SAMU, além da Força Nacional do SUS e bombeiros, contribuiu para que houvesse leitos suficientes para todas as vítimas que foram internadas e tratadas. “Se fez praticamente um mutirão para liberar leitos de UTI. E houve intenso acompanhamento de especialistas para limpar toda aquela fuligem”.
Ele ressaltou ainda que muitos pacientes tinham graves queimaduras e foram levados para hospitais de referência para queimados; outros, que não estavam queimados, mas intoxicados, com ventilação mecânica e entubados, iam para UTIs de hospitais gerais. “E houve acompanhamento de uma equipe múltipla de especialistas. Exames de fibrobroncoscopia foram um diferencial, para que fosse feita limpeza e retirada da fuligem dos pulmões dos pacientes”, completou.
Após o internamento, prosseguiu, foram feitas, através da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (Isbait), videoconferências para discussão dos casos, o que também representou um importante diferencial. “Enquanto os pacientes estavam internados, fizemos uma discussão internacional envolvendo grandes centros: Sírio-Libanês, Albert Einstein, Campinas (no Brasil), além de Miami, San Diego, Toronto, e a base americana no Afeganistão. Colocamos em rede pouco mais de 20 centros nacionais e internacionais para discutir condutas e protocolos de atendimento àquelas vítimas. O resultado foi muito bom. Dos internados, nós tivemos poucas mortes: três ou quatro pacientes foram a óbito, de um grupo de quase 60 pessoas transportadas”.
Ainda na apresentação, Eifler exibiu fotos, vídeos, e detalhou lições aprendidas durante a catástrofe de Santa Maria.
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