Em todo o País, a categoria médica faz assembleias nesta segunda-feira (15). Em Salvador, os médicos se reúnem na sede da ABM, às 19h, quando definem as ações a serem realizadas e as estratégias de mobilização. O objetivo central é o enfrentamento aos sucessivos ataques do governo, que decidiu eleger os médicos como “bode expiatório” das mazelas da saúde no Brasil.
Reunião do Consemba (Conselho Superior das Entidades Medicas da Bahia), realizada na última sexta (12), avaliou as orientações das entidades nacionais – AMB, CFM e Fenam -, definindo por encaminhar à assembleia, inicialmente, a realização de duas manifestações públicas. A primeira, nesta terça, dia 16, vai ocupar a frente da Escola de Medicina da Ufba, no Terreiro de Jesus, com faixas e cartazes, marcando o Dia Nacional de Luto e de Luta contra os ataques do governo aos médicos e ao SUS.
Outra atividade será uma caminhada de rua que, em Salvador, vai ocupar a região do Iguatemi, no dia 23. A partir das 14h, haverá concentração em frente ao shopping, na Praça Newton Rique, de onde os manifestantes sairão ocupando a Av. Tancredo Neves, Av. Magalhães Neto, até a dispersão em frente ao Hospital da Bahia.
Os médicos, os estudantes e a população em geral estão sendo convocados a engrossar as manifestações, alertando a opinião pública sobre os graves riscos contidos nas propostas e ações que o governo federal vem implementando na área da saúde.
A sociedade precisa ser enfática no que se refere ao financiamento adequado para a saúde. Quanto aos médicos, é preciso cobrar condições de trabalho e carreira de estado para garantir a assistência no interior e melhoria do atendimento nas capitais. E não é só. É preciso estruturar unidades de atendimento com equipamentos, medicações e equipes multidisciplinares como condição para a prática da medicina com a eficácia e a qualidade que a população necessita e merece.
As propostas apresentadas até agora pelo governo são demagógicas. Tentam desviar o foco dos reais problemas que o País enfrenta na área da saúde, que está desestruturada como resultado da má gestão pública e não das atividades profissionais de qualquer categoria que seja.
