Durante evento no Cremeb, na última terça (26), o secretário de saúde da Bahia, Jorge Solla, foi indagado pelos representantes das entidades médicas sobre a crise na Maternidade José Maria de Magalhães. Para a surpresa dos presentes, o secretário afirmou que este problema não era dele. Era um problema da Santa Casa de Misericórdia, a atual gestora da maternidade. Ressaltou que não participará de possíveis negociações para resolver o impasse.
Os representantes das entidades médicas discordaram deste posicionamento. Lembraram que se trata de uma unidade de saúde pública de grande importância para a população e que o secretário já sabia das reivindicações dos médicos (principalmente a regularização dos vínculos trabalhistas), e portanto da necessidade de ajustar os termos do contrato, no momento em que renovou com a Santa Casa de Misericórdia.
O Sindimed entende que a posição de Jorge Solla não condiz com as responsabilidades impostas pelo cargo que ocupa. Independente da forma de gestão, a Maternidade José Maria Magalhães é uma parte importante do sistema de saúde público e a possibilidade de interrupção do seu funcionamento deveria receber toda a atenção da autoridade máxima do sistema de saúde na Bahia.